quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A vida é feita de mudanças.


A vida é feita de movimento, de mudanças.
Tudo muda. Um segundo passa e nada é mais como antes. Assim é na Natureza, assim é com cada um de nós, dia após dia.
Nada se perde, tudo se transforma, num eterno movimento.
No extenso laboratório natural a matéria se decompõe, se agrega e dá origem a outras formas. As plantas, dotadas do princípio vital, se desenvolvem executando o plano genético que lhe foi destinado e cumprindo sua função na composição e manutenção da vida no planeta. Os animais, então num grau superior, ensaiam com sua inteligência rudimentar estratégias para definir e perpetuar sua individualidade.
E nós, ainda arraigados a toda essa experiência multimilenar, muitas vezes expressando comportamentos apáticos do vegetal ou impulsivos do instinto da brutalidade, pelo menos já desenvolvemos sentimentos e somos capazes de elaborar códigos de conduta, direito e ética, vislumbrando um futuro próximo em que a vida será guiada pelas virtudes, estabelecendo um mundo de fraternidade e paz.
É a Lei do Progresso que, por meio das mudanças, das transformações, estimula e compele o espírito a exercitar a inteligência para seu desenvolvimento e sua perfeição.
Parte dessas mudanças somos nós que determinamos, por nossa iniciativa ou em decorrência de nossas escolhas. Por essas somos os responsáveis, e inevitavelmente afetados por seus resultados, sejam eles positivos ou negativos.
Há, porém, aquelas que ocorrem independentemente de nossa vontade, e muitas vezes de modo inesperado ou contrário a nossos desejos e anseios. Por essas responde a vida, de acordo com o plano individual ou coletivo preestabelecido. É o rumo sendo corrigido, são arranjos visando à reciclagem, à conscientização, ao aprendizado,
à conquista de novos conhecimentos.
Tanto umas como as outras dão origem ao movimento constante da vida, obedecendo às Leis Universais. Com essas mudanças aprendemos, descobrimos, criamos, reciclamos e tornamos a aprender. Se elaboramos e executamos projetos que nos promovam no processo de crescimento, somos agraciados por novas oportunidades, ampliando nossa autonomia; se nos acomodamos ou persistimos em rota divergente, a Lei se encarrega de interferir, provocando nossa reação e nos dando outros direcionamentos.
Um simples olhar às experiências por que passamos comprova esse mecanismo natural, cujo único propósito é nos impulsionar ao desenvolvimento integral, tanto no âmbito material como no intelectual e no moral.
Compreender esse processo, seguramente, vai modificar nosso modo de perceber os acontecimentos que nos envolvem no dia a dia e
a nosso redor. Teremos mais serenidade e confiança ao nos depararmos com as mudanças que vêm de encontro a nossos planos ou que afetam nossa relativa estabilidade emocional, pois estaremos seguros de que constituem estratégias de execução do Plano Maior da Vida visando a melhores resultados.
Constituímos uma Humanidade heterogênea, como resultado das múltiplas e diversas experiências por que passamos, e a partir das escolhas que fazemos. De posse de avançados recursos da inteligência, nos distanciamos cada vez mais do comportamento padronizado que é comum aos reinos vegetal e animal, exercitando a individualidade e desenvolvendo a capacidade de autorrealização, tornando-nos assim os autores de nossa história de perfeição.
É imprescindível, porém, que compreendamos essas Leis e vivamos em sintonia com elas. E para isso são indispensáveis o estudo,
a pesquisa e a reflexão que nos levem, primeiro, ao autoconhecimento e, depois, à iluminação.
Ao tomarmos consciência de quem somos e da condição em que estamos, vamos trocar os vícios pelas virtudes e direcionar nossa conduta para metas e objetivos em harmonia com a Sinfonia Universal, sob a regência do Maestro responsável por nosso planeta, que pacientemente nos ensina as notas e os acordes para no futuro executarmos juntos as melodias da grande festa em celebração à nossa felicidade.
 Vale a pena pensar a respeito.


                                                   Luiz Teodoro – setembro de 2015