terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Semente e o Anjo


Assim como a semente traz latentes em sua intimidade os elementos que
a transformarão em árvore, o homem também carrega em si o anjo em que vai
se tornar um dia, depois de percorrer o longo caminho de sua evolução.

A semente dormita quando naturalmente isolada na Natureza ou propositalmente separada de seu habitat. Basta, no entanto, que seja exposta a condições propícias, que lhe permitam seguir o destino que as leis da vida lhe estabeleceram, o processo de seu desenvolvimento é desencadeado e as sucessivas transformações acontecem. A terra, a umidade, a luz do Sol e tantos outros agentes colaboram sinérgica e harmoniosamente para a execução de seu projeto de existência.

A despeito dos admiráveis avanços de nosso conhecimento, muito distantes estamos ainda de desvendar os segredos (não mistérios) que envolvem uma simples planta. Com o homem, então...

Mas, apenas com o intuito de provocar a reflexão sobre nós mesmos, creio
que vale a alegoria.

Para seu desenvolvimento, o homem tem o universo como seu espaço e
a eternidade como seu tempo. (Portanto, não temos motivos para o stress,
nem razão para a ambição de ter, pois, assim como no caso da semente,
nosso projeto é ser!)

Vamos construindo, ou melhor, vamos executando nosso projeto de vida,
passo a passo, na direção de nosso destino final, a perfeição = a felicidade.
Depende de cada um de nós o tamanho desse passo.
Traçamos rotas, somamos experiências, buscamos o entendimento, interagimos.

Diferentemente da planta, temos inúmeros outros elementos a nosso dispor.
Além da consciência, que traz impressas as leis naturais e suas diretrizes, temos
a inteligência, a razão, os sentimentos e, acima de tudo, a liberdade de escolha!
Externamente, as fontes de informação: a Ciência, a Filosofia, a Religião,
a Sociologia, a Psicologia; as fontes de inspiração: a música, a pintura, a poesia;
as fontes de prazer...

Imprescindível, entretanto, nossa relação com os outros humanos.
Não se pode conceber a felicidade vivendo só.
Não se pode conceber o amor com a exclusão do outro,
qualquer que seja sua condição e estágio de evolução.
É por meio da relação social – na família, na comunidade,
na sociedade – que realizamos nosso crescimento,
ampliamos nosso entendimento e aperfeiçoamento.

Somos naturalmente voltados ao bem.
Trazemos os sentimentos de bondade, solidariedade, amor dentro de nós.
Apenas não os manifestamos. Alguns por desconhecê-los ainda,
outros porque se retraem, os escondem por orgulho ou por medo de se expor;
outros porque vivem esperando a oportunidade.
Mas toda vez que os experimentamos sentimos um indizível prazer,
traduzido em satisfação, bem-estar e paz.

2 comentários:

  1. Se fizermos um pouco de cada coisa que você destacou com suas palavras sábias...certamente teríamos mais entendimentos na nossas caminhadas da vida....E como você mesmo diz:Acredito que o amor é o único caminho para a felicidade e que amar é fazer de tudo tornar a vida melhor,para nós e para os outros........um abraço Adrianooo....

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  2. Oi, Adriano!
    Obrigado pelo comentário.
    Custa "cair a ficha", mas quando nos apercebermos dessa condição - o amor como único meio -, vamos trabalhar a favor de nossa felicidade e avançar um pouco mais nessa direção, aliviando ao mesmo tempo nosso sofrimento. Sofremos porque ignoramos essas coisas. Abraço.

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